Enfim cheguei lá, meu sonho sendo realizado.
Enviado: 29 Jun 2006 22:48
Tudo começou em 1977. Namorava minha atual esposa e queríamos comprar um carro, mas agrana que tínhamos era curta.
Dois estudantes que ralavam de dia a estudavam à noite.
A Honda começava a fabricar no Brasil a CG 125. Prá nós dois a opção ideal. Partimos pra comprar a motinha.
Foi uma fila enorme. Ou ficava na fila ou pagava ágil.
Sem grana pra acelerar o processo o jeito foi ficar na fila e ... depois de muito tempo, ela chegou. Chassis AA 0000099.
Primeiro lote de 100 fabricado no Brasil.
Nela fizemos nossas primeiras viagens.
No ano seguinte nos casamos. Mais dois anos e minha esposa engravida de nossa primeira filha. O médico a proibe de andar de moto. Corria o risco de descolamento de placenta.
Sem outra opção, lá se foi nossa CGzinha coral.
Porém no sangue ficou a marca do motociclismo. O vírus no sangue pedia outra moto e mais potência e, cada vez que passava uma 750, eu me arrepiava.
Levamos 10 anos pra comprar a nossa segunda moto. Era uma época de vacas gordas e um amigo, precisando de grana, me ofereceu um TDR 180, ano 1989, por um precinho legal E eu não pensei duas vezes, paguei e a levei pra casa.
Já não tinha mais casaco, capecete, corrente e cadeado (naquela época se amarravam as motos nos postes).
Peguei minha companheira e saímos pra comprar a tralha.
Primeira parada, loja de ferragens para corrente e o cadeado. Entrei e quando me virei minha mulher havia sumido. Voltei e fui procurá-la. Ela estava do outro lado da rua me gritando... vem cá, corre, vem depressa!
Um rapaz havia entrado em um concurso de desenho da Yamaha e ganhou como prêmio uma TDR 1990, zero quilômetro. Não sabia andar de moto e a mulher dele não queria que ele andasse tinham um filho pequeno e ela tinha medo. O cara colocou um cartaz na moto e a deixou na esquina da rua, VENDO 0 Km.
Alguém já viu isso? Uma moto "zero kilo" sendo vendida no meio da rua!
Pois é, como disse, era um tempo de vacas gordas e comprei essa outra moto. Foram duas no mesmo dia.
Uma branca e vermelha (1989) e a outra preta e amarela (1990). Usava uma cada dia.
Porém as vaquinhas foram emagracendo, emagrecendo e acabei vendendo a branca para o mesmo cara de quem havia comprado.
Fiquei com a preta até que decidi ter algo mais potente. Me aparece um cara apelidado de Sepultura, com a CB 450 TR mais bonita que já vi em minha vida e me oferece a moto. Gostei e resolvi comprá-la, mas o cara sumiu e acabei desistindo. Já estava desanimado e não queria mais a moto quando ele volta, porém o cara insistiu e e ainda fez uma que nunca poderia imaginar. Sem que eu desse nada em garantia, deixou a moto comigo por uma semana para que eu experimentasse. Lógico... o sangue fervente se manifestou e fiquei com ela.
Minhas filhas cresceram e já em idade de curtirem a vida me levaram a vender minha CB e comprar um carrinho para elas. Comprei um Escort XR3 branco, modelo Beneton, lindíssimo.
Um policial bêbado e armado, numa madrugada da vida, fez o favor de se espatifar dentro do carrinho das meninas. O resultado é que o cara fez uso de sua bela índole e se mandou. Fiquei com o prejuízo, pior fiquei sem o carro, por que não deu mais jeito. Perdi a moto e o carro!
Mais um longo tempo sem moto até que meu velho faleceu e deixou um carro Polo 1998 de herança. Minha irmã propõe ficar com o carro e pagar a parte de minha mãe em dinheiro, para mim ofereceu a motinha do maridão. Uma CG Titan 2003, com 5000 Km. O meu cunhado havia comprado a moto, levou um tombo moeu o cotovelo e nunca mais sentou na criança. A moto ficou parada 3 anos. Peguei a CGzinha, mas não estava feliz... havia meu sonho... eu tinha que realizar. Olha daqui, olha dali, junta uma grana, faz conta, conversa com a patroa, pega empréstimo e pronto... acho que agora dá. Corri atrás e amanhã... será amanhã o grande dia. Meu sonho realizado, vou fechar meu lance com o cara e trazer a minha GALO Hollywood pra casa.
Valeu galera!
Dois estudantes que ralavam de dia a estudavam à noite.
A Honda começava a fabricar no Brasil a CG 125. Prá nós dois a opção ideal. Partimos pra comprar a motinha.
Foi uma fila enorme. Ou ficava na fila ou pagava ágil.
Sem grana pra acelerar o processo o jeito foi ficar na fila e ... depois de muito tempo, ela chegou. Chassis AA 0000099.
Primeiro lote de 100 fabricado no Brasil.
Nela fizemos nossas primeiras viagens.
No ano seguinte nos casamos. Mais dois anos e minha esposa engravida de nossa primeira filha. O médico a proibe de andar de moto. Corria o risco de descolamento de placenta.
Sem outra opção, lá se foi nossa CGzinha coral.
Porém no sangue ficou a marca do motociclismo. O vírus no sangue pedia outra moto e mais potência e, cada vez que passava uma 750, eu me arrepiava.
Levamos 10 anos pra comprar a nossa segunda moto. Era uma época de vacas gordas e um amigo, precisando de grana, me ofereceu um TDR 180, ano 1989, por um precinho legal E eu não pensei duas vezes, paguei e a levei pra casa.
Já não tinha mais casaco, capecete, corrente e cadeado (naquela época se amarravam as motos nos postes).
Peguei minha companheira e saímos pra comprar a tralha.
Primeira parada, loja de ferragens para corrente e o cadeado. Entrei e quando me virei minha mulher havia sumido. Voltei e fui procurá-la. Ela estava do outro lado da rua me gritando... vem cá, corre, vem depressa!
Um rapaz havia entrado em um concurso de desenho da Yamaha e ganhou como prêmio uma TDR 1990, zero quilômetro. Não sabia andar de moto e a mulher dele não queria que ele andasse tinham um filho pequeno e ela tinha medo. O cara colocou um cartaz na moto e a deixou na esquina da rua, VENDO 0 Km.
Alguém já viu isso? Uma moto "zero kilo" sendo vendida no meio da rua!
Pois é, como disse, era um tempo de vacas gordas e comprei essa outra moto. Foram duas no mesmo dia.
Uma branca e vermelha (1989) e a outra preta e amarela (1990). Usava uma cada dia.
Porém as vaquinhas foram emagracendo, emagrecendo e acabei vendendo a branca para o mesmo cara de quem havia comprado.
Fiquei com a preta até que decidi ter algo mais potente. Me aparece um cara apelidado de Sepultura, com a CB 450 TR mais bonita que já vi em minha vida e me oferece a moto. Gostei e resolvi comprá-la, mas o cara sumiu e acabei desistindo. Já estava desanimado e não queria mais a moto quando ele volta, porém o cara insistiu e e ainda fez uma que nunca poderia imaginar. Sem que eu desse nada em garantia, deixou a moto comigo por uma semana para que eu experimentasse. Lógico... o sangue fervente se manifestou e fiquei com ela.
Minhas filhas cresceram e já em idade de curtirem a vida me levaram a vender minha CB e comprar um carrinho para elas. Comprei um Escort XR3 branco, modelo Beneton, lindíssimo.
Um policial bêbado e armado, numa madrugada da vida, fez o favor de se espatifar dentro do carrinho das meninas. O resultado é que o cara fez uso de sua bela índole e se mandou. Fiquei com o prejuízo, pior fiquei sem o carro, por que não deu mais jeito. Perdi a moto e o carro!
Mais um longo tempo sem moto até que meu velho faleceu e deixou um carro Polo 1998 de herança. Minha irmã propõe ficar com o carro e pagar a parte de minha mãe em dinheiro, para mim ofereceu a motinha do maridão. Uma CG Titan 2003, com 5000 Km. O meu cunhado havia comprado a moto, levou um tombo moeu o cotovelo e nunca mais sentou na criança. A moto ficou parada 3 anos. Peguei a CGzinha, mas não estava feliz... havia meu sonho... eu tinha que realizar. Olha daqui, olha dali, junta uma grana, faz conta, conversa com a patroa, pega empréstimo e pronto... acho que agora dá. Corri atrás e amanhã... será amanhã o grande dia. Meu sonho realizado, vou fechar meu lance com o cara e trazer a minha GALO Hollywood pra casa.
Valeu galera!