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Roteiro SP/PR/SC/RS estilo Hawk (sem roteiro)

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Roteiro SP/PR/SC/RS estilo Hawk (sem roteiro)

Mensagempor hawk » 19 Out 2015 20:52

Apesar de agora eu ser um ex-galeiro e um desmotado, resolvi relatar um passeio que fiz recentemente de 4 rodas (nada como um ar condicionado acompanhado de um sonzinho com a economia equivalente a uma moto de 500cc). Sim, estou ficando velho! Não recomendo alguns desses trajetos para motos, exceto as com bons amortecedores. Quase não tirei fotos, usei apenas os zóios. :-)

Recentemente decidi rodar por alguns caminhos dos estados da região Sul do país. O roteiro na verdade foi "sem roteiro", então eu bolava o trajeto na noite anterior e também fazia alterações durante a viagem dependendo das condições das vias (ou da existência delas em alguns casos). É difícil documentar todos os pequenos trechos interessantes ao longo dos caminhos, mas vou tentar descrever os que me chamaram mais a atenção.

Comecei saindo de São Carlos-SP por volta das 5 da manhã, ainda escuro. O trecho inicial já era bem conhecido então não vi necessidade de ter luz nele. Segui até Araraquara e depois virei em direção a Jaú/Barra Bonita. Em Jaú o dia já estava clareando, e o movimento estava fraco na estrada. Continuando até Barra Bonita, cruzei a hidrovia do Tietê, onde a água já não é uma gosma preta fedida. Bons passeios de barco pela eclusa em Barra Bonita, já bem conhecido dos paulistas. Até aqui, não há muitas novidades paisagísticas. Apenas um trecho de relevo um pouco acidentado entre Boa Esperança do Sul e Jaú.

Segui em frente até cruzar a represa do Paranapanema na altura de Avaré, local bastante movimentado aos fins de semana. Chuto que é um local de boas fotos com um dia ensolarado. Atravessando a represa, e rodando mais um pouco, cheguei em Taquarituba. O asfalto já fica razoável em qualidade e a pista é simples. Os carros começam a dar espaço aos maquinários agrícolas também.

A partir de Taquarituba, segui em direção a Wenceslau Braz-PR. Não há muita coisa acontecendo nessa região, mas o relevo já começa a ficar mais acidentado e a apresentar umas paisagens mais interessantes do que o planalto paulista. A ausência de grandes cidades também dá um certo destaque devido à tranquilidade dos locais. Bonitas fazendas e morros ao fundo. Vale a pena passar com um dia ensolarado.

De Wenceslau Braz segui até Jaguariaíva, próximo ao vale do Códo. O local é geograficamente bem interessante. A Serra do mar (SP/PR) lentamente começa a se estabilizar e há alguns canyons nesta região, valendo uma visita tanto a pé como motorizado. A estradas apresentam boas curvas também. Quando passei por Jaguariaíva estavam fazendo o entroncamento com o trecho vindo de Sengés. Está bem confuso, mas transitável.

De Jaguariaíva até Piraí do Sul passe-se por um trecho mais acidentado, descendo um dos lados do paredão do Vale do Códo, em Joaquim Murtinho. No sentido sul, dá pra ver as paredes e os morros se formando à direita.

De Piraí do Sul resolvi subir até Curiúva. Este trecho tem uma pequena subida de serra, que é aquela parede que vemos à direita quando descemos de Jaguariaíva. No alto da serra tem uma boa oportunidade para foto.

Chegando em Curiúva dei uma esticada nas pernas, tomei um café e joguei conversa fora. Nessa conversa me recomendaram seguir até Telêmaco Borba e passar no restaurante do Clube Harmonia. Infelizmente o restaurante estava fechado para não sócios (fora de temporada), mas o local parecia bem bonito. O caminho entre Curiúva e Telêmaco tem boas paisagens também, inclusive cruzando o bonito rio Tibagi.

Aqui eu já resolvi sair do roteiro e tentar minha sorte. Encontrei uma sinalização indicando um caminho para Ortigueira, de chão batido. Era uma estrada do projeto Puma, que só descobri depois do que se tratava (indústria de papel). Ao tentar chegar em Ortigueira, me deparei com uma obra de rodovia inacabada. Como o dia estava um tanto chuvoso, desisti de tentar o trecho de terra/barro fofo e voltei pelo traçado novo que haviam construído para escoar a produção de papel. Rodovia lisa! Também dava pra ver a obra de novos trilhos para agilizar o escoamento. Parece progresso!

Enfim, resolvi voltar e descer até Castro por Tibagi, margeando o Parque Estadual de Guartelá. Bonitos paredões rochosos ao fundo, antes de descer até Castro. Provavelmente vale uma visita a esse parque.

De Castro até Ponta Grossa, onde parei para pernoitar, não havia nada muito diferente. Apenas o trânsito tradicional. Ponta Grossa me pareceu bastante simpática com as ruas centrais de paralelepípedo e as calçadas de pedra portuguesa.

Km's rodados: ~800km.

Percepção Geral: As rodovias do norte do Paraná se assemelham um bocado às do sul do estado de São Paulo. Tem boa pavimentação em geral e dá pra transitar numa boa. Porém os caminhões já começam a ficar bastante numerosos em alguns pontos.

Roteiro: https://www.google.com.br/maps/dir/S%C3 ... !3e0?hl=en



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Re: Roteiro SP/PR/SC/RS estilo Hawk (sem roteiro)

Mensagempor hawk » 21 Out 2015 18:02

Acordei cedo em Ponta Grossa e saí em direção à BR 376. O dia estava um pouco nublado, mas no alto da serra ainda era possível ter um bom alcance de visão. Passei ao lado do Parque Estadual de Vila Velha. De longe dá apenas para ver algumas formações rochosas do parque, junto com uma área de banhado com o que se parece uma pequena lagoa. Já próximo a Campo Largo, desci a serra, sob forte neblina e um tanto movimentada, e peguei a PR-090. Como já antecipava, o asfalto acabou a poucos quilômetros de Campo Largo, dando lugar a uma estrada de chão batido e, mais à frente, uma estrada de muitas pedras e buracos. A PR-090 até a PR-513 é bem parecidas com as estradas da região do Vale do Ribeira, com muitas curvas e vegetação densa em alguns pontos. Muitos bons momentos para fotos. A condição da rodovia melhorou um pouco na PR-513, em direção a Ponta Grossa, com exceção de um trecho onde uma Caterpillar passava a lamina para melhorar a condição do pavimento. Na PR-513 passa-se por trás do Parque Estadual de Vila Velha e também pelo Parque Nacional dos Campos Gerais (Ponta Grossa sendo a "Princesa dos Campos"). Belas paisagens, rodovia ruim!

O carro ficou tão encardido que perdi uns 20 minutos num lava rápido fazendo uma "lavagem aparência", que já melhorou muito o visual. Deste ponto segui pela PR-438, através de um bocado de curvas suaves em relativa elevação, sendo possível avistar pontos distantes e várias fazendas e áreas de vegetação. Chegando em Irati, me deparei com um comboio do exército que seguia no seu tradicional ritmo sem pressa, dando aquela leve atrapalhada no trânsito. Conectei com a PR-364 com a convicção de que havia um trecho bom até Guará. A estrada também apresenta paisagens pitorescas e tem boa conservação na maior parte do caminho. Pouco à frente de Inácio Martins, o horror! O asfalto dava lugar a uma estrada em péssimas condições de tráfego, cheia de pedras, máquinas, manilhas de escoamento instaladas provisoriamente. A estrada ainda estava sendo feita. Como já tinha feito a maior parte do trecho, não valia a pena voltar. Segui em valentes 20 a 30km/h até que consegui chegar em Guará.

Daqui o plano era seguir via PR-170 até Bituruna, que foi o que fiz. Próximo à represa a região fica um bocado acidentada, com boas vistas do lago. A estrada no sentido sul estava estranhamente vazia após Pinhão e, mais à frente, descobri o motivo. Havia uma manifestação do MST que bloqueou PR-170 nos dois sentidos e ninguém conseguia passar. A PRF havia sido despachada, mas retornou para buscar alguém do INCRA. Alguns poucos ficaram aguardando pois moravam na região, mas eu tinha de chegar em Chapecó no mesmo dia. Decidi voltar todo o trecho até Guarapuava e descer pela BR-373 até Pato Branco/PR. Cheguei em Pato Branco já escurecendo e cruzei a fronteira PR/SC até São Lourenço do Oeste. Fui recebi por um trecho tão ruim que mal se sabia qual era a divisão entre as duas faixas de rolamento. O asfalto já tinha existido um dia alí, mas agora eram apenas calombos, panelas, buracos e lombadas pessimamente sinalizadas. Com calma rodei até o cruzamento com o Rio Chapecó, a partir do qual a rodovia já estava recuperava, com olhos de gato, faixas e a devida sinalização, que alívio! Deste ponto até Chapecó fui num ritmo bom, chegando ao destino por volta das 22:00h. Noite merecida de sono.

Km's rodados: ~900km

Percepção Geral: Neste dia já percebi que o GPS no PR já não é tão confiável quanto em SP. As indicações de rodovias principais podem enganar, sendo que algumas delas não estão terminadas e apresentam pavimentação em terra. A situação de caminhões piorou um bocado quando embiquei na BR-373 sentido sul. Muitos caminhões chutando na velocidade e forçando nas ultrapassagens. A situação inicial das rodovias de SC não era boa, mas felizmente parece que estão trabalhando para recuperar alguns eixos principais.

As paisagens do sul do PR e do norte de SC passaram a ser mais interessantes do que do norte do PR e de SP em geral. Bastante verde e muitos morros.

Roteiro: https://www.google.com.br/maps/dir/Pont ... !3e0?hl=en

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Vista da região dos Campos de Ponta Grossa, PR-513

Imagem
Vista do lago da represa da Foz do Areia, na PR-170



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Re: Roteiro SP/PR/SC/RS estilo Hawk (sem roteiro)

Mensagempor hawk » 24 Out 2015 12:21

Tomei um café da manhã em Chapecó e saí logo cedinho. A rua já movimentada com um trânsito que não imaginava para essa cidade. Tomei meu rumo pela SC-283 por muitos sobe/desce, morros, áreas verdes e asfalto em qualidade deplorável, passando por Planalto Alegre, São Carlos/SC, e Palmitos. Em Palmitos/SC peguei a BR-158 e cruzei a fronteira SC/RS através do Rio Uruguay, atravessando mais uma serrinha com inúmeros caminhões de carga, vendinhas de produtos típicos (cuias, linguiças, salames etc), até Frederico Westphalen. Continuei o trajeto até Boa Vista das Missões, ouvindo uma boa rádio AM para pegar umas notícias locais. Neste dia estava previsto uma boa tempestade na região e eu não queria ser pego de surpresa. Na AM ainda tive a oportunidade de ouvir o que os locais estavam ouvindo, belos modões de viola.

Neste ponto eu já comecei a reparar que tinha algo diferente nas vias. Percebi inúmeros radares de 50km/h, alguns mal sinalizados e alguns não sinalizados. Os de 50km/h geralmente eram lombadas eletrônicas com painéis. Havia outros de 60km/h e 80km/h sem indicação alguma, somente os radares. Apesar de boa conservação da rodovia, o limite de velocidade nunca saía de 80km/h. Reparei que muito poucos respeitavam o limite.

Segui, ainda pela BR-158, até um pouco adiante de Panambi. A região já ficou bem mais plana e deu lugar a grandes áreas de plantação de grãos, maquinário agrícola e caminhões transportando os grãos. Aqui eu virei sentido Oeste para a RS-285, seguindo até São Luiz Gonzaga, onde peguei sentido sul pela RS-168. O sol estava "rachando a cuca", fazendo cerca de 35 graus. Havia algumas nuvens, mas não pareciam de tempestade.

A RS-168 começou deslanchando bem, com boa pavimentação, mas momentos depois a tranquilidade teve de ser substituída pela paciência. O pavimento foi ficando tão irregular que era difícil desenvolver algo acima de 40km/h ou 50km/h. Alguns trechos eram perfeitos, o que permitia um bom rendimento, mas logo vinham trechos cheios de panelas e asfalto em decomposição, onde era preciso passar a 20km/h, 10km/h ou até parar totalmente pra planejar o que fazer diante das panelas profundas. Pelos meus cálculos, Santiago/RS ainda estava longe! Aqui os caminhões de grãos nem pareciam se importar com a condição do asfalto. Enfiavam os cavalos e as carretas de qualquer jeito nos buracos, em velocidades mais altas do que deveriam trafegar. Imagino que o equipamento não era deles! Não é difícil entender, também, porque as vias, já ruins, ficam ainda piores.

O que salvava era a paisagem, que parecia um misto de pampa com cerrado. Pequenos morros indo e vindo e pequenos cursos de água formando erosões interessantes nos pastos.

Depois de muita paciência e de cair em várias panelas, consegui chegar em Santiago, de onde parti pela RS-287 sentido São Vicente Do Sul e depois Santa Maria. Antes de São Vicente Do Sul, em Jaguari, há um bonito trecho de serra e passagem por uma ponte sobre o Rio Jaguari. O Trecho até Santa Maria é bastante plano e segue praticamente em linha reta. Também tem belas paisagens, em especial a cadeia de montanhas ao norte, se aproximando.

De Santa Maria, segui pela BR-158 novamente, cruzando os pampas que mais se parecem com um desertinho verde. Lindas paisagens, pouca circulação de veículos, muitos animais na pista (sobretudo pássaros) e um limite de pista de 80km/h. Este limite até parece condizente devido à quantidade de animais que trafegam pela via. Em São Paulo ou Paraná, esta via provavelmente teria limite de 100km/h.

Passei por Rosário do Sul e depois virei à esquerda na RS-293 rumo a Bagé. Como perdi tempo pra chegar em Santiago, este trecho final eu peguei já no fim da tarde. A maior parte da via está em boas condições, reformada e sinalizada. Outros trechos estão um pouco esburacados ou tem asfalto reformado, porém sem qualquer sinalização horizontal. Chegando em Bagé me dirigi ao centro, parei o veículo e fui para o hotel deixar as coisas. Recomendo a pizzaria La Piedra que faz pizzas quadradas BEM recheadas. A chuva que era prevista para esse dia, nem sinal dela. Porém no dia seguinte...

Km's rodados: ~950km

Percepção Geral: A paisagem ficou muito mais plana no RS, porém ainda de grande beleza. As áreas continuam pouco habitadas e bem mais naturais do que costumo ver em SP. As condições das rodovias me parecem, em geral, melhores do que as que encontrei em SC (não a RS-168!!!!). Se bem que não trafeguei tanto por SC até este ponto. Notei uma quantidade de caminhões elevada nas vias e os limites aparentemente baixos de velocidade mesmo em vias de boa condição de visibilidade, traçado praticamente retilíneo e boa pavimentação. Também reparei excesso de radares, especialmente os de 50km/h e 80km/h.

Diferentemente do norte do PR e de SP, notei que os entroncamentos de cidades e rodovias são bem mais simples e, em teoria, mais perigosos. A maioria dos entroncamentos é em nível, sem viadutos ou passagens inferiores. As entradas das cidades, em geral, são rotatórias. Ter uma rotatória no meio de uma rodovia de grande tráfego não parece algo viável em uma situação de trânsito crescente. Acostamentos são luxo, sendo que poucas rodovias os tem. As ultrapassagens perigosas ficaram bem mais numerosas. As faixas centrais não pareciam importar muito. Passava-se quando dava, ou quando parecia que dava. Caminhões subindo a 20km/h ou 30km/h.

Roteiro: https://www.google.com.br/maps/dir/Chap ... !3e0?hl=en

Posteriormente achei esta descrição sobre a RS-168: "Sendo que esta atualmente se encontra em uma situação deplorável por falta de manutenção por parte do DAER-RS."


Imagem
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Centro de Bagé

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BR-158 (se bem me lembro) rumo a Bagé.

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Que eixo?!?! RS-168.

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Há uma estrada nos buracos. RS-168.



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Re: Roteiro SP/PR/SC/RS estilo Hawk (sem roteiro)

Mensagempor hawk » 26 Out 2015 23:47

Quando acordei em Bagé, lá pelas 5:30h, já vi que a situação lá fora estava molhada. A tempestade prevista chegou com determinação e estava tudo meio empoçado, sendo que a chuva não deu trégua durante todo o dia.

Tomei um rápido café da manhã e iniciei a subida até SP, uma subida lenta de 4 dias. Comecei pela BR-153 (Transbrasiliana) com conservação muito melhor do que havia pego na RS-168. O progresso foi bom até Barrocada, e continuei pela BR-153 até Novo Cabrais. O trecho entre Barrocada tem o mesmo tipo de paisagem da BR-158. Vastos campos e fazendas, algumas com alguns arroios correndo por elas. Na situação do dia, com chuva intensa, formaram-se até alguns pequenos lagos nas partes mais baixas dos campos.

Passando por Novo Cabrais peguei a BR-287, seguindo em direção a Santa Cruz do Sul. Um punhado de caminhões, muita neblina, muito empoçamento de água na via. Virei depois à esquerda sentido Formosa, subindo até Soledade pela BR-153.

Aqui tive um deja-vu. Tudo caminhava muito bem até mais ou menos Barros Cassal (se me lembro bem), até que veio uma daquelas divisões horrendas entre um asfalto novo e um asfalto que já havia morrido há anos. Não houve nem transição e o asfalto bom acabou ao mesmo tempo que apareceram várias crateras lunares. Diversão!

Até Soledade foi um sofrimento similar ao dia anterior, porém agora com o agravante da chuva que enchia as crateras de água e dificultava a estimativa de profundidade dos buracos. O trecho não rendeu bem.

Quando cheguei em Soledade, parei num posto para abastecer e aproveitei para perguntar como estava a descida pela BR-386. O frentista respondeu um otimista "É tudo asfalto bom!". Esbocei até um sorriso, fim do sofrimento!

Comecei a descer pela BR-386 em direção a Lajeado. A rodovia até parecia em boas condições no início e deu pra ver que algum dia ela já pareceu ter sido pedagiada devido à praça de pedágio desativada. Mas "asfalto bom" não foi bem o que eu presenciei, parecendo um asfalto cansado com ondulações e buracos aqui e alí. Mas não podia reclamar depois daquele trecho horrível da BR-153 até Soledade. Continuei sentido sul até Lajeado.

Um fato bacana da chuva é que ela altera um pouco a paisagem. A água era tanta naquele dia que várias cachoeiras acabaram se formando nas encostas da rodovia. A água, e até algumas pedras, descia com gosto. Renderia bonitas fotos! Esta região tem o relevo bem acidentando e há muitas encostas e vales.

A BR-386 finalmente ficou duplicada, mas ainda mantinha o baixo limite de 80km/h. Não que a chuva forte permitisse muito mais do que isso, mas havia momentos de trégua e em dias de sol 80km/h parece não ajudar o rendimento.

Por fim, cansado do dia todo de chuva que não deu muita trégua, segui rumo e Porto Alegre para pernoitar. Notei que o Guaíba já estava um pouco mais cheio.

Km's rodados: ~650km

Percepção Geral: Gostei bastante da BR-153 de Bagé até mais ou menos Barrocada. Belas paisagens, mesmo com chuva e um pouco de neblina. O trecho de subida da BR-153 também é lindo, apesar do asfalto terrível em um certo trecho. Novamente a neblina acabou não permitindo uma boa vista dos arredores, mas o que deu pra ver valeu a pena. A BR-386 tem trechos bem bonitos também, mas está cheia de caminhões carregados. Fica um pouco cansativo ajeitar as ultrapassagens de inúmeros caminhões, alguns transitando muito lentamente e outros acima da velocidade razoável.

Chuva, chuva, chuva! Neste dia já comecei a ouvir, pelo rádio, os danos que ela causou aos moradores de algumas cidades do RS. Santa Maria e Santiago por exemplo. Por sorte não peguei granizo.

Roteiro: https://www.google.com.br/maps/dir/Bag% ... !3e0?hl=en



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Re: Roteiro SP/PR/SC/RS estilo Hawk (sem roteiro)

Mensagempor inho » 27 Out 2015 16:57

Ali em Formosa que eu nasci. kkkkkkkk Quando li que tu passou por ali, logo pensei nos buracos antes de Soledade, esses buracos são famosos aqui na região e esta a anos assim, é uma vergonha. Quando tem encontro de motos em Soledade passo por ali, mas lá nos últimos 30km não passo dos 70 km/h. kkkkkkk

Parabéns pela aventura.


Abraços.


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Re: Roteiro SP/PR/SC/RS estilo Hawk (sem roteiro)

Mensagempor hawk » 28 Out 2015 00:20

inho escreveu:Ali em Formosa que eu nasci. kkkkkkkk Quando li que tu passou por ali, logo pensei nos buracos antes de Soledade, esses buracos são famosos aqui na região e esta a anos assim, é uma vergonha. Quando tem encontro de motos em Soledade passo por ali, mas lá nos últimos 30km não passo dos 70 km/h. kkkkkkk

Parabéns pela aventura.


Abraços.


Região muito bonita! Mas se já é ruim passar de carro, imagino de moto. :-)

Eu lembro que estava empolgado com a qualidade da rodovia, quando de repente houve aquele momento "Pouts! Sofrimento à frente". E também há aquela esperança de que o trecho ruim é só aquele pedaço.



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Re: Roteiro SP/PR/SC/RS estilo Hawk (sem roteiro)

Mensagempor hawk » 28 Out 2015 00:23

Como no dia anterior, acordei bem cedo, por volta de 5:30, e a chuva não havia cessado. Aparentava estar ainda mais forte do que quando eu cheguei e era possível ouvir os trovões. Mais um dia bem molhado!

Tomei um café da manhã rápido e me ajeitei pra continuar o trajeto de volta para casa. Já na saída de Porto Alegre notei que as coisas estavam bastante empoçadas, muito acúmulo de água devido à chuva.

Enfim, segui meu rumo pela Freeway (BR-290). Muita neblina no caminho e muitas poças d'água. Até Osório a situação não melhorou muito e eu seguia em comboio com mais um ou dois carros, cada um em uma faixa de rolamento. Vez ou outra um jogava água no outro, tamanha a quantidade de água na via. O carro, pelo menos, não ia precisar de uma lavagem tão cedo!

Já na BR-101 o tempo deu uma pequena melhorada e estava apenas garoando. Segui firme até próximo ao entroncamento com a rota do sol (RS-486). Já vacinado pelas situações problemáticas anteriores, pedi informações a um frentista sobre a situação da subida da serra. Fui informado que estava em boas condições. Ótimo!

Este trecho é muito bonito, em parte devido ao fato de você adentrar o vale e os paredões se aproximarem lentamente de você. A região também parece ter uma boa quantidade de natureza preservada e pequenas cidades/bairros aqui e alí. Já na subida da serra em si, notei viadutos interessantes que davam uma bela vista de algumas aberturas do vale, bem como dois túneis em curva que cortam as montanhas para prosseguir do outro lado. A subida foi tranquila e só não foi mais bonita pois uma forte neblina e nuvens cobriam o território na ocasião.

Já no topo da serra, segui pela BR-453 rumo a Caxias do Sul. Aqui a região já fica mais plana, com belos campos, morros e fazendas. A chuva ia e vinha, sendo que em um trecho em particular eu cheguei e parar num posto de combustíveis pois parecia que o granizo estava vindo para me fazer companhia. Porém ficou só na chuva torrencial mesmo. Durante o trajeto, também presenciei as mesmas quedas d'água se formando nas encostas devido à chuva, criando um belo visual.

Chegando em Caxias do Sul já fui recebido por um trânsito carregado e um asfalto que não impressionava. Muitos buracos aqui e alí. Rumei sentido Bento Gonçalves, fazendo uma pausa rápida pra comer um salgadinho saudável (só que não).

De Bento Gonçalves segui pela BR-470 até o entroncamento com a RS-431. Entrando na RS-431 já percebi que não teria problemas com o trânsito, pois todo mundo desapareceu. Enfim, tranquilidade!

Este foi o ponto alto do dia, que estrada linda. As paisagens do vale dos vinhedos são demais, e o trecho que acompanha o Rio das Antas também é muito bonito. Me lembrou bastante o vale do Rio Douro, em Portugal. A rodovia em si é muito bem conservada, exceto por uns 4 a 5 trechos em que o asfalto acaba e vira chão batido. Não entendi exatamente o motivo, mas essas faixas de 400 a 500 metros de chão são tranquilas de se passar. Há alguns cruzamentos com uma linha férrea que não consegui precisar se ainda está ativa ou não.

Continuei meu rumo pela RS-431 até o entroncamento com a RS-129 em Dois Lajeados. A RS-431 para frente da ponte do Rio Das Antas fica um pouco irregular, mas ainda dá pra transitar numa boa. Pela RS-129, segui em direção a Encantado, ainda debaixo de chuva. Presenciei as mesmas quedas d'água das encostas nesta rodovia. Se bem me lembro, um pouco à frente de Muçum é possível ver um morro enquanto a rodovia vai em direção a ele. Neste morro em especial vi que se formaram vários cursos d'água.

Chegando em Encantado continuei pela RS-332 por um bocado de curvas, subidas, descidas e chuva. Rodovia em bom estado de conservação em praticamente todo o trecho, com belas paisagens também. Pra frente de Arvorezinha o relevo já ficou mais plano e peguei a BR-386/BR-153 sentido norte.

Na BR-386 não houve muito tempo para contemplação. O trânsito estava carregado e a chuva estava castigando fortemente. Pela rádio pude ouvir que havia problemas com pontos de alagamento em Carazinho e também em Passo Fundo.

Quando cheguei a Passo Fundo, fiz um rápido e confuso contorno por dentro da cidade e continuei pela RS-135 rumo a Erechim. Novamente peguei a BR-153 em direção a Concórdia, onde planejei pernoitar.

O relevo pra frente de Erechim já ficou mais acidentado, especialmente próximo ao cruzamento com o Rio Uruguay e na entrada do Vale do Contestado. A noite já estava caindo quando cheguei, pela SC-461, a Concórdia.

O curioso foi que cheguei por uma parte alta da cidade, então dava pra ver que tinha uma pirambeira até chegar ao centro. Tiro o chapéu para o pessoal que faz os projetos de urbanização desta cidade. Por fim, me ajeitei para a noite.

Km's rodados: ~750km

Percepção Geral: O trecho da Freeway/BR-101 eu já conhecia um pouco, mas adorei as paisagens da Rota do Sol e também dos outros trechos da Serra Gaúcha. Com mais tempo, eu voltaria facilmente para provar algumas iguarias locais e relaxar em alguns destes pontos.

Neste dia não houve grandes imprevistos com a qualidade das rodovias, só a chuva que novamente não deu trégua e me seguiu até Concórdia.

A recepção das rodovias Catarineses foi melhor do que anteriormente, porém o relevo acidentado já entorta bastante os traçados.

Roteiro: https://www.google.com.br/maps/dir/Port ... !3e0?hl=en



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Re: Roteiro SP/PR/SC/RS estilo Hawk (sem roteiro)

Mensagempor hawk » 28 Out 2015 10:41

Novamente levantei cedo em Concórdia, tomei um rápido café da manhã e pé na estrada. Saí pela SC-355 em direção a Joaçaba. A rodovia passava por reformas e estava em estado deplorável. Muitos buracos e crateras, conservação terrível. O visual era bonito, mas a condução não foi muito prazerosa.

Mais à frente peguei à direita no entroncamento com a BR-282, passando por Joaçaba e Erval Velho. Há um trecho de serra bonito próximo ao cruzamento com o Rio do Peixe. O trecho continuou sem muita surpresas pela BR-282, ora com paisagens de serra, ora com paisagens campestres.

Chegando em Lages já peguei um pouco mais de trânsito. Como percebi que as paisagens não estavam mudando muito, resolvi quebrar à direita para a SC-114 e depois à esquerda na SC-112, passando por Urupema. Depois peguei à esquerda no entroncamento com a BR-475 em Rio Rufino. Este desvio valeu muito a pena, pois as paisagens ficaram muito lindas. Chegando em Rio Rufino, a cidade fica em um vale. Ao redor dá pra ver perfeitamente as montanhas subindo.

Continuei pela BR-282 por Bom Retiro e Alfredo Wagner. Pra frente deste trecho há muitas curvas, porém as montanhas descem de forma mais gradual.

Dei uma escapada pela SC-407 imaginando que poderia chegar a Brusque por aqui. A chuva não dava trégua neste dia também, e depois de passar Angelina notei que aquele caminho não funcionaria. A SC-407 e a SC-108 não são pavimentadas. Dei meia volta e retornei no sentido BR-282, pois não sabia o que esperar destas rodovias, ainda mais num dilúvio como ocorria naquele dia.

O caminho até Palhoça foi cheio de trânsito e cheio de curvas. O entroncamento com a BR-101 é horrível e formou-se uma fila quilométrica para pegar a BR-101 em qualquer sentido. Resolvi cortar por dentro de Palhoça para pegar a BR-101 com mais facilidade. Este caminho já era conhecido, então não perdi muito tempo. A idéia original era seguir pela SC-108, mas como não deu eu fui pelo caminho mais seguro na chuva. Na ocasião ainda havia o feriado e a Oktoberfest para acumular mais carros na rodovia.

Em Joinville peguei a saída para a rodovia SC-418 para subir a tal da Serra Dona Francisca. É outra bonita entrada de vale, mas o tempo não ajudou muito. A neblina estava bastante intensa e ainda tive a sorte de pegar um bitrem se contorcendo para fazer as curvas daquela rodovia. Não tinha certeza se aquilo realmente era permitido, mas parece um tanto estranho esse tipo de transporte longo subindo por uma estrada tão travada. Se bem me lembro foi aqui que aquele ônibus paranaense saltou ribanceira abaixo.

No alto da Serra a visibilidade era praticamente nula, cerca de 5m ou menos. Segui com precaução até São Bento do Sul e peguei Rodovia dos Móveis e depois a PR-281. Este trecho tem péssima sinalização e o traçado não ajuda à noite. Pra colaborar, havia alguns trechos em reforma do lado de SC em que o pavimento simplesmente não existia.

Depois de acessar a BR-116, em obras de duplicação neste local, segui rumo a Curitiba. Entrando em Curitiba fui recebido pela belíssima pavimentação da BR-116, estilo solo lunar. A chuva intensa formou pequenos rios nas ruas, então a água voava de um lado para outro, dando vários banhos em outros veículos. Por fim cheguei ao centro e me hospedei para pernoitar.

Km's rodados: ~900km

Percepção Geral: Gostei bastante dos visuais do planalto e a BR-282 está praticamente toda em boas condições e sem muito trânsito. Já esperava um pouco de trânsito na chegada à BR-101, mas aquele entroncamento estava bastante zoneado!

O trecho da SC-108 que não consegui fazer parece muito interessante para um dia de sol.

A subida da serra Dona Francisca foi pouco contemplativa devido ao fluxo intenso de veículo e principalmente o fluxo de carga. A neblina não permitiu ver nada.

Roteiro: https://www.google.com.br/maps/dir/Conc ... !3e0?hl=en



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Re: Roteiro SP/PR/SC/RS estilo Hawk (sem roteiro)

Mensagempor hawk » 28 Out 2015 23:01

Último dia! Novamente de pé às 5:30h, tomei o tradicional café da manhã rápido. A chuva já havia cessado pelo que pude notar, então saí em direção a Ponta Grossa pela BR-376. A idéia original era seguir pela Régis até a BR-101 e depois subir pela Anchieta, rodovia pela qual nunca passei. Mas lembrei que era um feriado e de certo a Anchieta estaria fechada para subidas ou com trânsito muito intenso. Desisti da idéia e resolvi retornar pelo interior do país. Subi em sentido contrário ao qual tinha tomado para descer até Chapecó no segundo dia, mas com menos trânsito e menos neblina desta vez. Nos campos gerais o progresso foi tranquilo até o entroncamento com a já conhecida BR-153.

Aqui pude visualizar mais ou menos as mesmas paisagens que vi na vinda, o que incluía morros, fazendas e cenas bonitas dos campos. Continuei o curso até o entroncamento com Ventania, onde notei que haviam executado uma obra de um contorno, a qual agradeci fortemente, pois o contorno original, de terra, estava praticamente intransitável devido a um lago que se formou.

O caminho até Ibaiti não tinha boa qualidade de pavimentação, mas deu pra seguir com certa tranquilidade e apreciar os vários contornos de morros que a estrada faz. Daqui até Ourinhos não houve grandes surpresas ou paisagens muito diferentes do que havia visto no trecho anterior. Em Santo Antônio da Platina tem dois morrinhos interessantes junto à cidade.

Já em Ourinhos/SP peguei o confuso e tortuoso entroncamento com a BR-374, passando pelo pedágio, e segui em frente.

Aqui já fui recebido pela velha conhecida paisagem do estado de São Paulo. Um conjunto de suaves sobe/desce, várias fazendas e plantações de cana e visuais que em geral não chamam tanto a atenção.

O "progresso", porém, chama a atenção. A estrada já é duplicada e em excelente estado de conservação, sendo que os trechos que ainda contam com pista simples estão em obras de duplicação. Pude ver que a segunda pista já está praticamente toda traçada e até compactada. Em breve, esta que era uma rodovia meio ruim de se trafegar, se tornará uma tranquilidade, apesar dos numerosos pedágios até Bauru.

De Bauru segui até Jaú, cruzando novamente a hidrovia do Tietê. Peguei novamente a SP-255, mas virei à direita na SP-215 que passa por Dourado e Ribeirão Bonito, apresentando belas paisagens do alto do relevo. Até São Carlos o tempo passou rapidamente, chegando em casa no meio da tarde. O carrinho mostrava sinais dos Km's rodados, que, pelos meus cálculos, foram cerca de 6000km. Fiquei satisfeito com a pequena aventura.

Km's rodados: ~680km

Percepção Geral: Gostei bastante da região de relevo acidentado do Paraná para cima de Tibagi. Muitos morrinhos e alguns paredões de pedra. Em São Paulo não houve segredo algum, pois já conhecia bem o caminho.

Roteiro: https://www.google.com.br/maps/dir/Curi ... !3e0?hl=en



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Re: Roteiro SP/PR/SC/RS estilo Hawk (sem roteiro)

Mensagempor hawk » 28 Out 2015 23:03

É isso aí pessoal, fica aí o relato resumido do roteiro. Para quem gosta de bater perna por aí, espero que sirva de inspiração ou até de uma pequena referência do que se pode ver neste traçado.



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Re: Roteiro SP/PR/SC/RS estilo Hawk (sem roteiro)

Mensagempor Sergio Pretto » 10 Nov 2015 11:49

Sensacional Hawk, li e reli com atenção todo seu detalhado relato, anotando muitas dicas para alguma viagem futura.
Então quer dizer que trocou novamente a "paella" por um bom churrasco? Bem vindo ao "caos", hehehehehe.
Sua comparação de algumas paisagens gaúchas com o vale do Rio Douro, me deu aqui um nó na garganta por relembrar tantas viagens parecidas que fiz pela "terrinha". Mais ou menos como essa tua viagem, saíamos (Branca, eu e as quatro meninas, numa Ford Transit Diesel de 10 lugares), quase que "sem destino", experimentando roteiros gastronômicos e lugares pra nunca mais tirar da memória . . .
Valeu mesmo!


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GALO, e é só para desfilar mesmo !!!

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Re: Roteiro SP/PR/SC/RS estilo Hawk (sem roteiro)

Mensagempor hawk » 11 Nov 2015 12:15

Pretto,

Agradeço a leitura do relato amador. :-)

A motivação para esta viagem partiu, talvez, de uma leve recaída de nacionalismo e porque imaginei que seria algo mais fácil de executar e que me consumiria menor tempo e menos recursos.

Eu já havia saído sem rumo na "terrinha", que me rendeu excelentes experiências visuais, gastronômicas e sociais, como você já deve ter experimentado. Daí me ocorreu... "E se fizesse isso na pátria amada idolatrada salve salve?"

Resolvi então experimentar a mesma tática por aqui. Não é difícil adivinhar que, em comparação, foi uma viagem com menor rendimento, mais perigosa, com menos pontos de assistência e menor aproveitamento em geral. A escassez de pontos de hospedagem pelo caminho é muito evidente se comparada à disponibilidade da "terrinha", onde dava pra se hospedar em qualquer vilarejo com relativo conforto, quase sempre recebido por um pequeno mas eficaz café da manhã.

Por fim eu achei a viagem bem positiva,gostei muito do que vi, mas já estou ciente de que é necessário ter um leve planejamento para não entrar em furadas.

Agora eu estou aqui imaginando quão mais complicado seria uma viagem em direção aos estados do norte, através de rodovias. Talvez eu experimente mais pra frente também. Daí posso postar mais um relato. :-)



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Re: Roteiro SP/PR/SC/RS estilo Hawk (sem roteiro)

Mensagempor Sergio Pretto » 12 Nov 2015 14:59

Pelo Norte/Nordeste, talvez seja melhor num 4x4 . . .
Não subestime seu relato, foi muito bem feito.
Abraços.


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