emigdio escreveu:Fernando, como todos já fizeram, também te desejo muita sorte com as motos, em especial com a minha ex Black. Procurei ela por muitos anos, não foi fácil, mas matei uma vontade que ficou pendente desde 1986, quando vendi uma CB 450E 85, uma DT 180 86 e um Fiat 147 84 para comprar esta moto zero. Quando fui a loja comprar e pagar os 129.000 cruzados ou qualquer outra moeda da época, havia um ágil que elevava o preço para 300.000 a 500.000, imagine minha frustação. Depois desta decepção e com dinheiro na mão uma Saveiro 86 e uma MX 85 resolvi me dedicar as corridas de motocross, onde corri oficialmente por 5 anos em varias categorias... uma experiência inesquecível que só a frustração de não ter comprado a Black pode proporcionar.
Quando parei de correr, resolvi entrar no ramo náutico, que estou até o momento, mas nunca desisti de ter uma Black, já cheguei ater 11 motos ao mesmo tempo sendo inclusive 2 CBX, uma 88 e outra 89. Mas finalmente no final de 2004 inicio de 2005 consegui encontrar essa Black, que todos falavam que eu era maluco de pagar R$ 18.000,00, mas paguei sem dor e sem arrependimento, pôs existem desejos que não tem preço.
Espero não me arrepender, hoje estou só com uma Sahara 95 e duas Biz, novamente desejo boa sorte e que ela te faça feliz como me fez
Um grande abraço
Emigdio,
Obrigado pelos votos! Saí do Rio muito bem equipado, com um baita tráfego na Linha Amarela e debaixo de chuva até Petrópolis. Subi a Serra a no máximo 60 km/h. A moto realmente está maravilhosa. Depois de Petrópolis ela fumaceou um bocado até perder todo o óleo de cozinha que você colocava nos escapes. Fiz algumas paradas e por onde passava os comentários eram sempre os mesmos.
Agora vem a parte que ninguém vai gostar, principalemnte você que cuidou tão bem da Black. Por ironia do destino tive muita sorte na viagem do Rio até Araxá. Chegando em Bambuí (MG), a uns 150 km de Araxá, um baita de um cachorro atravessou a pista na minha frente e o atropelei a uns 110 km/h. Infelizmente fui ao chão e ele não teve a mesma sorte que eu. Não sofri sequer um arranhão, nenhum osso quebrado ou hematomas. Apenas algumas dores musculares ocasionadas pela queda. Tive muita sorte e ajuda de Deus por estar aqui na casa de meus pais contando-lhes esta triste passagem. Não poderia de deixar de mencionar sobre a moto. Os estragos existiram, mas são perfeitamente recuperáveis, com peças originais. Ela não sofreu danos estruturais, somente:
* carenagem frontal esquerda arranhada e com os pontos inferiores de fixação quebrados;
* semi guidão do lado esquerdo quebrou o parafuso;
* espelho retrovisor esquerdo se perdeu;
* aranha do farol ligeiramente empenada;
* tanque amassado;
* setas do lado esquerdo arranhadas;
* tampa do motor do lado esquerdo quebrada (onde está escrito Honda);
* ponteira do escape ligeiramente arranhada.
Em suma, tudo isso é recuperável e dou graças a Deus por estar vivo. Nasci de novo. A moto ainda está em Bambuí, guardada na oficina indicada por um novo amigo que me prestou socorro na hora do acidente. Ele se chama Adauto. Fui atendido no hospital também por um novo amigo, o Dr. Ramon. Ambos são trilheiros e pessoas formidáveis. Deixo aqui um especial agradecimento aos mesmos.
A pressão da família já está enorme e o futuro com as motos ainda incerto, mas não vou tomar nenhuma decisão de cabeça quente. Vou arrumá-la em todos os detalhes e depois posto fotos. Estava com minha câmera mas preferi não fotografar os momentos desagradáveis. Passei por tantos lugares bonitos nesta viagem e não registrei, e por isso decidi não registrar os piores.
Um abraço.